Thursday, September 30, 2010

3 - O Centro do Mundo

 Heinrich Bünting, Itinerarium Sacrae Scripturae.
Magdeburg, Germany, 1581
Quando insistem em fazer pousar um viajante dos ventos alíseos, ao menos que haja por perto um computador ligado à internet. Assim, qualquer lugar pode ser o centro do mundo. Por vezes, o centro do mundo está numa aldeia histórica. Até há internet (ou pelo menos paga-se para isso), mas só desde que não haja nem vento, nem chuva, nem trovoada e que todas as encomendações sejam feitas regularmente aos deuses tutelares da PT. Os funcionários são pacientes q.b. ao telefone, mas impotentes, porque as linhas são soluçantes e a velocidade da banda larga é geralmente igual à de uma lesma artrítica.
A PT lança-se à conquista do mundo, com os pés de barro do seu mercado interno: “estimado cliente, existe uma anomalia técnica na zona onde se encontra”. Boa sorte. Centro do mundo... Comunicar com Tóquio (mais oito horas que o TMG) ou Washington (menos cinco), acontece geralmente em períodos de overload. Por isso são frequentes as conference calls que deslizam para o meio da noite, o que explica porque o Albatroz acaba muitos vezes como um passarão solitário...
JSR

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